Vamos divagar, quantas vezes gostaríamos de simplesmente não
explicar nada, quantas vezes gostaríamos simplesmente virar as costas e partir.
Quantas perguntas neste país varonil que gostaríamos de saber a resposta. É
engraçado, mas, sempre que tentamos buscar respostas para alguns assuntos às
respostas sempre voltam vazias. Por que será que a educação, apesar de ter
aplicados 25% dos orçamentos municipais, sempre chegam ao final do ano no
vermelho? Será que falta planejamento?
Serão insuficientes os recursos? E nas obras? Faltam recursos? Mas
porque se em ano de pleito eleitoral aparecem obras a encher os olhos?
Eu gostaria de ter estas respostas, mas, o mais importante é
que nunca as receberemos se continuarmos a agir como agimos. Sempre que vemos
questões difíceis de responder é mais fácil dizer um “Sei lá!” Ou um “ O
problema não é meu!” ledo engano, tudo o que acontece se fosse questionado por
nós, cidadãos contribuintes, eleitores, as coisas talvez estivessem um pouco
melhores.
Temos o privilégio de residir em um Estado onde educação e
infraestrutura, apesar dos pesares, não são dos piores, onde saúde ainda conta
com recursos modernos em centros de referencia, mas, agora sou eu que digo, Sei
lá!
Poderíamos estar
melhor! Já pensou em uma educação que fosse igual em qualidade para todos? Que
nossos filhos tivessem escolas confortáveis e modernas? Já pensou em
professores que ao final do mês ao receberem seus salários se sentissem
valorizados e com animo de progredir e buscar mais conhecimento? Já pensou em
chegar a um hospital e não ser tratado como um numero ou uma cor? Ser tratado com respeito por profissionais
dispostos e competentes em qualquer setor público em que você entrasse?
Tudo isto parece utopia, sonhos de uma noite de verão,
devaneios de um louco, mas, sei lá, talvez eu esteja realmente vivendo fora da
realidade por ainda sonhar com condições mais dignas, com um serviço público de
excelência, com uma educação de qualidade e profissionais bem remunerados,
afinal pagamos impostos (e bem altos) em tudo o que consumimos, só o do feijão
é de cerca de 17%,mas, sei lá, será que isto é possível?
Talvez eu nunca venha a entender estas coisas, sei lá.
Vou tentar entender e se não conseguir acho que vou fazer
como parece que todo mundo faz quando indagado sobre estas coisas, vou
responder um belo e sonoro SEI LÁ...
“De tanto
ver crescer a INJUSTIÇA, de tanto ver agigantar-se o poder nas mãos dos MAUS, o
homem chega a RIR-SE da honra, DESANIMAR-SE de justiça e TER VERGONHA de ser
honesto”.
CRITICAS: jctsampaio@hotmail.com